O mundo é uma constante interação entre opostos coexistentes. Fogo, água, luz, escuridão, amor, ódio, cérebro, coração. Antíteses infinitas que rompem as fronteiras do tempo e do espaço. E somos como somos, diferentes do que queremos ser. Somos simples poeira cósmica jogada ao tempo.
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
A Valsa dos Vampiros
Dois para lá, dois para cá, toda noite é sempre igual. Os vampiros dançam e não aguentam mais tanta escuridão, tanta melancolia, essa desesperadora música. E a existência já começa a se tornar um fardo pesado demais para carregar. E eles se vêem presos em um mal que dariam tudo para abandonar. A dança continua, e sabem que dançam sozinhos, tamanha é a solidão. Eles não podem ver o sol, pois já estão como a lua, sem brilho, dependentes da luz que lhes é dada como esmolas. Sentem inveja das pessoas na rua, elas fazem o que parece tão banal, vivem. Os vampiros se encontram em um paradoxo terrível, são vivos que estão mortos. Só gostariam de viver, sem riquezas, sem poderes, simplesmente viver em paz. Já não aguentam existir por existir. Começam a aparecer os primeiros raios de sol, a dança vai acabando, chegou a hora dos seres da noite se esconderem para, ao anoitecer, a mesma triste valsa dançarem mais uma vez, sem saberem quando isso vai acabar. Continuarão dançando sozinhos a mesma valsa de todas as noites.
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